terça-feira, 13 de agosto de 2013

Como o Oculus Rift pode revolucionar o mundo dos simuladores de corrida

Jalopnik Brasil por Juliano "Kowalski" Barata
Os simuladores de corrida estão chegando a um nível abismal de evolução em relação à cena de poucos anos atrás. Vocês já sabem que os gráficos estão cada vez mais complexos e com mais efeitos e definição, e que as pistas estão com um nível de realismo soberbo, graças a processos como o escaneamento a laser. E, claro, que a física está cada vez mais fiel à realidade, principalmente na dinâmica dos pneus e da suspensão. Mas você continua olhando para uma tela fixa de computador. E é isso que está para mudar com o Oculus Rift.
Você já deve ter visto aquelas cabines de simulação mais hardcore, que mesclam três ou quatro monitores que trabalham em paralelo, resultando em uma cobertura de 180 graus ou mais. A evolução disso é o projetor curvo, como este da PixelWix, que resulta em uma imagem inteiriça, sem emendas, aumentando a experiência de imersão.
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Mas mesmo nesta solução complexa e salgada, há um elemento que ainda deixa a coisa heterogênea: o ponto de vista é fixo. Você não olha para onde quer – é como se a sua cabeça fosse presa ao carro. Uma tela mais larga, como a PixelWix, fornece mais possibilidades de perspectiva, mas a raiz do problema permanece. O recurso usado por alguns simuladores, de fazer a cabeça do piloto rotacionar para dentro ou para fora, de acordo com a curva ou com a situação dinâmica do carro, ajuda na imersão. Mas também não resolve – você não está integrado ao meio ambiente virtual.
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Tudo isso está para mudar com o Oculus Rift. Houve algumas tentativas de se produzir óculos de realidade virtual no passado – mas nenhum deles chegou a este nível de refinamento, imersão e precisão. Trata-se de um projeto de Palmer Luckey que está sendo desenvolvido pela Oculus VR, uma empresa que conseguiu arrecadar US$ 16 milhões – sendo US$ 2.5 milhões via Kickstarter – para sua criação, e que já tem o apoio de grandes nomes dos games, como Gabe Newell (Valve), Cliff Bleszinski (Epic Games), Notch Persson (Mojang) e John Carmack (id Software – sim, é o criador de Doom!).
Veja o que nossos parceiros do site de games Kotaku disseram em sua avaliação:
É quase como estar no “mundo real”. Você mexe a cabeça e a câmera acompanha. Você olha pra cima e vê o céu. Olha pra baixo e vê o chão. E assim por diante. É realmente marcante a primeira vez que você vê um cenário virtual em sua totalidade funcionando maravilhosamente bem. Com um par de fones de ouvido, a imersão é ainda maior. Você basicamente consegue se desligar do mundo externo e aprecia bastante o que está vendo e ouvindo. Sim, rola um pequeno choque quando você tira o Oculus Rift do rosto, porque a diferença entre as cores da realidade virtual e da nossa realidade é enorme. Alguns chegaram até a ficar um pouco tontos quando se levantaram.
A própria 8E7 (uma das primeiras empresas brasileiras a receber o Oculus Rift) tem como objetivo trabalhar com psicólogos, por exemplo, para curar fobias de pessoas que sequer tem contato com as diversões eletrônicas. Outros desenvolvedores pretendem usá-lo na área médica, e há ainda aqueles que querem utilizá-lo para promover passeios virtuais por museus e outros lugares.
A maior dificuldade é transpor estas sensações para um vídeo – afinal, a revolução está justamente no suporte. Seria como fazer a demonstração de um iPad numa revista impressa – não dá pra ter a menor ideia da imersão. Mas os vídeos abaixo já dão uma noção de como a perspectiva das coisas muda – não só no aspecto da experiência, mas também no aspecto funcional, como na hora de defender uma ultrapassagem.
É insano.
Agora, você consegue imaginar o Oculus Rift combinado ao Force Dynamics – o simulador mais assustador que já vimos em funcionamento? Adeus, vida social…

Quer experimentar o Oculus Rift?

Você já deve ter visto o nosso convite para o Short Stories Live, o evento que estamos organizando para entusiastas e desenvolvedores de games e aplicativos, e que reunirá designers, empreendedores, educadores, investidores e donos de produtoras e estúdios de games para falar sobre tudo – tecnologia, viabilização de negócios, histórias que deram certo, experiências que fracassaram. Estamos aqui para reforçar este convite. Afinal, uma das empresas que estará lá é a 8E7 – e os presentespoderão experimentar o Oculus Rift.
Caso esteja interessado em participar do Short Stories Live, que rola no dia 7 de setembro no Alto da Lapa (em São Paulo), clique aqui e faça a sua inscrição!
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